
Deste modo, a maioria dos estudiosos dos problemas educacionais que seguem a orientação marxista têm afirmado que à escola está reservada a função de reproduzir desigualdades sociais, na medida em que contribui para a reprodução da ideologia das classes dominantes e comitantemente para a reprodução das próprias classes sociais.
Se refrescarmos um pouco a memória, Gramsci nos diz algo diferente sobre a escola e a sua função: ela pode ser, em certa medida, transformadora, sempre que possa proporcionar às classes subalternas os meios iniciais para que, após uma longa trajetória de conscientização e luta, se organizem e se tornem capazes de “governar” aqueles que as governam .
Porém, todavia e entretanto, essa trajetória de transformação necessária da escola, castra-se, a bel prazer de errôneos modos de condução dos processos relativos à educação, o que torna o bem público denominado EDUCAÇÃO um mero refletor de interesses antagônicos e ainda - infelizmente, palco de reprodução das relações de PRODUÇÃO, ou seja, das relações entre exploradores e explorados.
Sem mais rodeios, quando analisamos a atual conjuntura de algumas de nossas instituições superiores e privadas de ensino, a triste realidade que nos assombra a tranqüilidade é perceber que as mesmas, em grande escala, são “DIRIGIDAS” por pessoas capacitadas meramente na mantença do sistema de produção capitalista, esquecendo por vezes, que o trato com o bem educacional, difere em muito do trato de produção de lucros.
Ante a isso, o que articula essa orientação se faz clara: tratava-se de fortalecer o setor privado e desmontar a educação, tornando cada vez mais distante o sonho de converter a mesma em um instrumento de transformação e emancipação social.
- continua...
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