sábado, 28 de março de 2009

ENEPT

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Aconteceu na última segunda e terça-feira, dias 23 e 24 de março, na cidade de Carapicuíba, grande São Paulo, o Encontro Nacional dos estudantes do PT – ENEPT, sendo palco de importantes debates e reflexões acerca dos atuais desafios da Juventude Petista frente ao Movimento Estudantil.
Precedido por plenárias e encontros nos estados – EREPT’s, é mister salientar que o Encontro Nacional protagonizou um grande espaço para o agrego de informações, discussões e concepções referentes ao papel de nossa juventude partidária, na construção da educação que queremos para o Brasil.
Para tanto, no período matutino, após uma belíssima apresentação cultural com crianças do Instituto Casa da Gente, deu-se inicio a primeira mesa de debates, composta por: Selma Rocha (CAED), Leão (CNTE) e um representante da UNE, tendo como tema “A educação que queremos para o Brasil”.
Com base, imprescindível conotar a problemática de que no Brasil, a educação foi um dos principais alvos do neoliberalismo, e durante tal período, a não responsabilização do Estado com as políticas públicas de educação agravou o quadro educacional do país. Sob esse prima, a juventude do PT reafirmou seu compromisso em defendesa da educação como um direito de todos a ser garantido pelo Estado, e que a mesma, deve ser convertida em instrumento de transformação social rumo ao aumento do poder das classes populares. Todavia, para além do debate sobre uma educação pública, gratuita e de qualidade, devemos somar esforços no combate à educação sexista, efetivar atitudes criacionárias ao que pese a efetividade de uma educação emancipadora, com qualidade social e de acesso democratizado.
No período da tarde, após uma analise de conjuntura feita pelo Presidente Nacional do PT, Ricardo Berzoini, chega à vez de ampliarmos os debates nos Grupos de Discussão. A delegação do estado de Santa Catarina marcou presença no GD sobre assistência estudantil - acesso e permanência, fomentando a discussão e fazendo intervenções de suma importância para a retirada de encaminhamentos.
Na terça-feira, as atividades iniciaram ao findo do período matutino, uma mesa composta por Rafael Chagas (Une) e Iara Bernard (MEC) explanou sobre os desafios da Conferencia Nacional de Educação, com vistas, que a mesma abre grandes possibilidades de alterar significativamente o rumo dado às políticas educacionais. Portanto, além da luta para que se amplie cada vez mais o investimento estatal e que se diminua cada vez mais o papel do setor primário no ensino, devemos oportunizar esse espaço para orientar a construção de projetos e uma plataforma propositiva para uma educação libertária, democrática e popular. Não menos significativo, nos incube fazer uma grande mobilização dos estudantes petistas em torno da Conferência Nacional de Educação, para que assim, organizados, consigamos defender nosso projeto partidário e avançar na luta e na modificação da realidade do ensino, enfrentando aqueles que entendem a educação como mercadoria.
Dando continuidade, o ultimo tema discutido no ENEPT, foi “A educação e o mundo do trabalho”, tendo como participantes da mesa: Ricardo Amorim (IPEA), José Ricardo (SEJUVE) e Adriana Magalhães (Coletivo Nacional da Juventude da CUT). Verdadeiramente hoje, diploma ou somente o acesso ao ensino superior não são sinônimos de lugar cativo no mercado de trabalho, muito menos de estabilidade financeira ou realização social. Culturalmente os projetos pedagógicos das escolas e universidades voltam-se à formação profissional da mão de obra que sustenta o modelo de desenvolvimento pautado pelo processo de acumulação de capital.
Ainda, ao que tange o tema, inúmeras problemáticas estão inseridas, bem como: a precariedade nas condições de trabalho, direitos trabalhistas não assegurados, longas jornadas, o abandono dos estudos e constantes casos de assédio moral, sexual e discriminações diversas, geralmente, por motivação de raça, gênero, orientação sexual etc...
Deste modo, é tarefa da JPT, hegemônica e inserida nos diversos movimentos sociais, pensar em mecanismos e estratégias para que a educação de fato, vincule-se a um projeto de desenvolvimento das forças produtivas à emancipação dos estudantes trabalhadores.
Por fim, a militância dos estudantes já construiu importantes instrumentos de transformação da sociedade brasileira, para tanto, ampliar e democratizar os debates, bem como as entidades de representação estudantil, mobilizar e ousar continuam sendo as exigências para a verdadeira práxis da construção social.

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