quarta-feira, 17 de outubro de 2012

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Não é mais tempo de Drummond, Clarice ou Vinicius...
Hoje mesmo, se escuta muito pouco Cartola, Gal, Bethania ou Chico...
Coriqueiros do cotidiano os novos poetas se auto mencionam!
Palavras poucas postas entre as aspas e a referência em caixa alta!
Com o verbo posto à rogo em linhas que não correm livres!
Porém, sempre haverá alguém que se identifique...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Grande Homem

Há de não se confundir mais romantismo com sensibilidade: romantismo se aprende e se transmite com qualquer bom livro de poesia ao passo que sensibilidade é a capacidade de dividir os fardos e confortar os corações chorosos. Ser sensível é ser grande homem ou, como bem dito por Florestan Fernandes: “O ‘grande homem’ não é o que se impõe aos outros de cima para baixo ou através da história: é o homem que estende a mão aos semelhantes e engole a própria amargura para compartilhar a sua condição humana.”

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

"Viver nao dói. O que dói
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.

Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o proprio tempo devora.

Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.

Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.

Que tudo o mais é perdido."

Emilio Moura