quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Enquanto a imprensa brasileira tenta eleger Serra, Brasil é manchete na mídia internacional


Revista francesa diz que esquerda deu certo no Brasil


Lula fez melhor, conclui a revista, com um governo economicamente eficaz, socialmente equitável e democraticamente impecável.


Na estreia de seu novo formato, mais aberto à atualidade internacional, a revista semanal francesa "Les InrocKuptibles" propõe aos seus leitores uma reflexão sobre o modelobrasileiro com título de capa "Brasil, o país onde a esquerda deu certo". Os repórteres da revista enviados ao Brasil explicam o porquê dos 80% de popularidade do presidente Lula, e a provável eleição de Dilma Rousseff, por meio de depoimentos de pessoas ouvidas na região metropolitana de São Paulo - participantes de um comício do PT em Guarulhos, trabalhadores docomércio e da indústria, uma imigrante paraguaia moradora de uma favela em Pirituba. As palavras de uma vendedora de 25 anos resumem o sucesso do presidente junto das camadas populares. "Lula resgatou a dignidade dos mais pobres", diz ela, acrescentando que a eleição da primeira mulher à presidência do Brasil também será um progresso legado de Lula. "Les Inrock" não deixa de apontar as lacunas deixadas por Lula, como a corrupção e a violência sem controle na sociedade, que resiste aos benefícios gerados pelos programas sociais. A revista cita queixas frequentes feitas pela esquerda e por companheiros de partido, como as políticas liberais que continuam enriquecendo banqueiros, industriais, assim como o modelo de agronegócio brasileiro. "Um marxista ortodoxo diria que Lula não venceu o capitalismo, mas se diluiu nele", escreve "Les Inrock", para em seguida questionar: um chefe de Estado da esquerda radical teria conseguido evitar as armadilhas do poder, como um consenso frágil ou o populismo ditatorial? Lula fez melhor, conclui a revista, com um governo economicamenteeficaz, socialmente equitável e democraticamente impecável.

A FARSA COLOMBO

Ações judiciais – Raimundo Ovo de Colombo – O TJSC postergando julgamento do meliante
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039.06.008639-2 26/06/2006 Ação Penal – Outros 2ª Vara Criminal
(0008639-37.2006.8.24.0039)Em grau de recurso Querelado : Joao Raimundo Colombo0

39.06.008639-2/00001 26/06/2006 Apelação Criminal (fora de uso) 2ª Vara Criminal
Em grau de recurso Apelado : Joao Raimundo Colombo0

39.06.006057-1 08/05/2006 Ação Penal – Crimes contra a Economia Popular 3ª Vara Criminal(0006057-64.2006.8.24.0039)Em grau de recurso Querelado : Joao Raimundo Colombo0

39.05.014653-8 08/11/2005 Ação de Improbidade Administrativa Vara da Fazenda Ac. Trabalho e Reg. Públicos(0014653-71.2005.8.24.0039)Em grau de recurso Requerido : Joao Raimundo Colombo0

39.05.014653-8/00001 08/11/2005 Apelação Cível (fora de uso) Vara da Fazenda Ac. Trabalho e Reg. PúblicosEm grau de recurso Apelado : Joao Raimundo Colombo

039.05.011690-6/00001 06/09/2005 Recurso Adesivo (fora de uso) Vara da Fazenda Ac. Trabalho e Reg. PúblicosEm grau de recurso Recorrente: Joao Raimundo Colombo0

39.05.008250-5 23/06/2005 Ação de Improbidade Administrativa Vara da Fazenda Ac. Trabalho e Reg. Públicos(0008250-86.2005.8.24.0039)Em grau de recurso Réu : Joao Raimundo Colombo0

39.05.008250-5/00001 23/06/2005 Recurso Adesivo (fora de uso) Vara da Fazenda Ac. Trabalho e Reg. PúblicosEm grau de recurso Recorrente: Joao Raimundo Colombo

039.05.003603-1 22/03/2005 Ação Popular Vara da Fazenda Ac. Trabalho e Reg. Públicos(0003603-48.2005.8.24.0039)Em grau de recurso Requerido : Joao Raimundo Colombo

039.03.007966-5 30/06/2003 Indenização por Danos Morais Vara da Fazenda Ac. Trabalho e Reg. Públicos(0007966-49.2003.8.24.0039)Em grau de recurso Autor : Joao Raimundo Colombo

039.03.007966-5/00001 30/06/2003 Apelação Cível (fora de uso) Vara da Fazenda Ac. Trabalho e Reg. PúblicosEm grau de recurso Autor : Joao Raimundo Colombo.



SENADOR FICHA SUJA

Raimundo Colombo (DEM/SC)
TJ-SC Ação Popular – Condenado solidariamente por uso de verbas das centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), repassados à prefeitura de Lages para promover a festa Nacional do Pinhão. A sentença determinou o ressarcimento de R$ 100.000,00. O senador recorre da decisão por meio de apelação.
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MANIFESTO AOS PROFESSORES, PAIS E ALUNOS E POVO EM GERAL
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Por Dr Valente - advogado
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No debate dos candidatos a Prefeito de Lages, na sede dos advogados, visando a ÈTICA NA POLÍTICA, o RÉU Raimundo Colombo não soube explicar para onde desviou as verbas recebidas do Ministério de Educação e Cultura - MEC - para construir quatro ampliações de salas de aula, nas escolas Beliziaria Rodrigues e Lupérsio de Oliveira Koeche, visto que só construiu duas.Examinamos com absoluto cuidado o processo-crime nº 96:002005-0 (25), onde o réu Raimundo Colombo negociou sua honra com a Promotoria Pública através da Lei n- 9.0999/95, ficando com liberdade vigiada, tendo que se apresentar de tempo em tempo no Fórum e não podendo se afastar de Lages por mais de dez dias sem licença do Juiz, por dois anos. Consta na Denúncia, que reconheceu para negociar: 1- que recebeu em 05.12.90, na conta n- 314579, Cr$ 4.166.400,00, do MEC, para ampliação de três salas na Escola Básica Belizária Rodrigues e prestou contas por escrito, que estava pronta e em pleno funcionamento em 07.03.91, send que o Delegado do MEC- S/C descobriu que só ficou pronta a ampliação em 26.08.91. Foi denunciado no art. 299 do CP pela mentira. 2- que, em 19.07.91, recebeu do MEC, na conta 314579, mais Cr$5.000.000,00, para construir mais uma ampliação na mesma escola. Prestou contas, dizendo que estava em pleno funcionamento em 21.08.91. Sinistra e criminosa mentira:a ampliação conveniada não foi construída, não existe, pelo que o Réu Raimundo Colombo foi denunciado pelo Procurador de Justiça no mesmo processo. Mentiu e o dinheiro foi desviado e ficou processado. 3- Hediondo crime de corrupção e falsidade ideológica, contra a educação infantil,visto que recebeu do MEC, pelo Convênio n- 1200, de 12.09.90, Cr$4.642.000,00 e pelo Convênio 581/91, de 10.07.91, mais Cr$5.000.000,00para realizar mais duas ampliações de tr~es salas em cada uma, na Escola Básica Lupérsio de Oliveira Koeche, e só realizou uma ampliação, mentindo e desviando dinheiro da outra. Desviou 10 milhões do MEC. Disse o Procurador de Justiça, sobre cada crime: "Assim houve prejuizos aos cofres públicos por ter recebido recursos em duplicidade e executado somente uma obra." PARABÉNS À ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - DE LAGES - QUE, VISANDO A ÉTICA NA POLÍTICA, TROUXE OS CANDIDATOS A PREFEITO AO DEBATE PÚBLICO, FAZENDO QUE O POVO TOMASSE CONHECIMENTO DO CANDIDATO CORRUPTO. O NOME DE CORRUPTO FICA PARA O RESTO DA VIDA E NÃO HÁ SABÃO QUE LIMPE.
Luiz A. v. Valente OAB/SC - 0.371

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PT-SC responde a Bornhausen

O líder do DEM na Câmara dos deputados, Paulo Bornhausen, emitiu nota oficial, na tarde de terça-feira (14), sobre as críticas feitas pelo Presidente Lula, durante comício em Joinville, na noite de segunda-feita (13). O Partido dos Trabalhadores, de Santa Catarina, a partir de seu Secretário de Comunicação, Murilo Silva, enviou uma resposta às ofensas de Bornhausen.
Abaixo, a resposta de Murilo, e na sequencia a íntegra da nota do deputado demista. Abaixo, a resposta de Murilo e na sequência, a íntegra da nota do deputado demista.

“Em nome do PT de Santa Catarina e em defesa do mais ilustre filiado petista, fundador nacional do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, comento a nota do deputado Paulo Bornhausen, líder dos Democratas na Câmara Federal.

Para pronunciar o nome dos Bornhausen em Santa Catarina, não precisa de higiene bucal, mas sim de lucidez política, E foi isto que Lula fez em sua visita a SC, ontem (13). Querer atribuir ao Lula a responsabilidade da agressão ao povo catarinense, quando agride politicamente - e não moralmente - os Bornhausen, é querer resumir a honra de um povo aos interesses de uma família, como faziam os déspotas de outrora, ou até mesmo os antigos “coronéis” da política catarinense.

Acusa ainda o líder do DEM, deputado Paulo Bornhausen, de que Lula possui uma “retórica nazi-fascista”.

Lembramos ao deputado que seu pai, o ex-senador Jorge Bornhausen, foi o autor da não tão célebre frase ‘Vamos acabar com essa raça. Vamos nos ver livres dessa raça por pelo menos 30 anos’, referindo-se aos petistas. Sabemos muito bem que racismo e nazismo se completam. Já Lula, quando afirmou que o “DEM precisa ser extirpado da política brasileira”, referiu-se ao partido político, não à raça de seus membros. Extirpar significa “extrair, arrancar”. E é isso que o PT, seguindo as regras democráticas, no voto, pretende fazer com o DEM. Arranca-los, com o voto, dos executivos e dos parlamentos.

Os Bornhausen, o povo catarinense conhece muito bem, sempre foram beneficiados pelos ditadores que arrasaram nosso país. Não foram eles os protótipos de ditadores, mas a sua própria encarnação na história política catarinense.

Em relação às afirmações sobre a CPMF, de que Lula estaria “inconformado com a derrota que os Democratas lhe impingiram”, lembro que esta “grande ação” lançou sim ao inconformismo as lideranças do próprio DEM, que achavam que estariam acabando com as chances do PT continuar governando para a maioria deste país. Atingiram o povo, tentando prejudicar o presidente Lula.

A CPMF, ao contrário do que o DEM divulgou em todo o Brasil, fiscalizava os sonegadores e tinha um caráter humanitário, pois financiava a saúde pública brasileira. Era um tributo essencial para a redistribuição de renda, pois 61% de seus recursos vinham da arrecadação das movimentações bancárias dos 10% mais ricos. As empresas contribuíam com 72% da arrecadação e as pessoas físicas somente com 28%. Desses, somente 17% vinham de pessoas que ganhavam mais de R$ 100 mil por ano. Portanto, era uma arrecadação advinda dos que mais detêm a riqueza. O fim da CPMF afetou diretamente o Sistema Único de Saúde, além do Fundo de Combate e Erradicação à Pobreza. Mas sabíamos que a sua existência deveria ser substituída por outros mecanismos, e lamentamos pela forma como foi “extirpada” pelo DEM, que não se preocupou com os reflexos junto às políticas públicas que atendem a população mais pobre.

Finalizando, reproduzimos as palavras do líder do DEM, de que o PT, aqui em SC, nunca governou. É isso mesmo, vamos lembrar cada vez mais ao povo, de que ainda nunca governamos em Santa Catarina. E que precisamos desta chance, para mostrar que nosso estado poderá ser um lugar ainda melhor para se viver”.

Murilo Silva – Secretário Estadual de Comunicação do PT de Santa Catarina.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sinais trocados

Por Leandro Fortes - Carta Capital

Em 30 de janeiro de 2001, o peemedebista Michel Temer, então presidente da Câmara dos Deputados, enviou um ofício ao Banco Central, comandado à época pelo economista Armínio Fraga. Queria explicações sobre um caso escabroso. Naquele mesmo mês, por cerca de 20 dias, os dados de quase 60 milhões de correntistas brasileiros haviam ficado expostos à visitação pública na internet, no que é, provavelmente uma das maiores quebras de sigilo bancário da história do País. O site responsável pelo crime, filial brasileira de uma empresa argentina, se chamava Decidir.com e, curiosamente, tinha registro em Miami, nos Estados Unidos, em nome de seis sócios. Dois deles eram empresárias brasileiras: Verônica Allende Serra e Verônica Dantas Rodenburg.
Ironia do destino, a advogada Verônica Serra, 41 anos, é hoje a principal estrela da campanha política do pai, José Serra, justamente por ser vítima de uma ainda mal explicada quebra de sigilo fiscal cometida por funcionários da Receita Federal. A violação dos dados de Verônica tem sido extensamente explorada na campanha eleitoral. Serra acusou diretamente Dilma Rousseff de responsabilidade pelo crime, embora tenha abrandado o discurso nos últimos dias.
Naquele começo de 2001, ainda durante o segundo mandato do presidente FHC, Temer não haveria de receber uma reposta de Fraga. Esta, se enviada algum dia, nunca foi registrada no protocolo da presidência da Casa. O deputado deixou o cargo menos de um mês depois de enviar o ofício ao Banco Central e foi sucedido pelo tucano Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, hoje candidato ao Senado. Passados nove anos, o hoje candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff garante que nunca mais teve qualquer informação sobre o assunto, nem do Banco Central nem de autoridade federal alguma. Nem ele nem ninguém.
Graças à leniência do governo FHC e à então boa vontade da mídia, que não enxergou, como agora, nenhum indício de um grave atentado contra os direitos dos cidadãos, a história ficou reduzida a um escândalo de emissão de cheques sem fundos por parte de deputados federais.
Temer decidiu chamar o Banco Central às falas no mesmo dia em que uma matéria da Folha de São Paulo informava que, graças ao passe livre do Decidir.com, era possível a qualquer um acessar não só os dados bancários de todos os brasileiros com conta corrente ativa, mas também o Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), a chamada “lista negra”do BC. Com base nessa facilidade, o jornal paulistano acessou os dados bancários de 692 autoridades brasileiras e se concentrou na existência de 18 deputados enrolados com cheques sem fundos, posteriormente constrangidos pela exposição pública de suas mazelas financeiras.
Entre esses parlamentares despontava o deputado Severino Cavalcanti, então do PPB (atual PP) de Pernambuco, que acabaria por se tornar presidente da Câmara dos Deputados, em 2005, com o apoio da oposição comandada pelo PSDB e pelo ex-PFL (atual DEM). Os congressistas expostos pela reportagem pertenciam a partidos diversos: um do PL, um do PPB, dois do PT, três do PFL, cinco do PSDB e seis do PMDB. Desses, apenas três permanecem com mandato na Câmara, Paulo Rocha (PT-PA), Gervásio Silva (DEM-SC) e Aníbal Gomes (PMDB-CE). Por conta da campanha eleitoral, CartaCapital conseguiu contato com apenas um deles, Paulo Rocha. Via assessoria de imprensa, ele informou apenas não se lembrar de ter entrado ou não com alguma ação judicial contra a Decidir.com por causa da quebra de sigilo bancário.
Na época do ocorrido, a reportagem da Folha ignorou a presença societária na Decidir.com tanto de Verônica Serra, filha do candidato tucano, como de Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity. Verônica D. e o irmão Dantas foram indiciados, em 2008, pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, por crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, formação de quadrilha, gestão fraudulenta de instituição financeira e empréstimo vedado. Verônica também é investigada por participação no suborno a um delegado federal que resultou na condenação do irmão a dez anos de cadeia. E também por irregularidades cometidas pelo Opportunity Fund: nos anos 90, à revelia das leis brasileiras, o fundo operava dinheiro de nacionais no exterior por meio de uma facilidade criada pelo BC chamada Anexo IV e dirigida apenas a estrangeiros.
A forma como a empresa das duas Verônicas conseguiu acesso aos dados de milhões de correntistas brasileiros, feita a partir de um convênio com o Banco do Brasil, sob a presidência do tucano Paolo Zaghen, é fruto de uma negociação nebulosa. A Decidir.com não existe mais no Brasil desde março de 2002, quando foi tornada inativa em Miami, e a dupla tem se recusado, sistematicamente, a sequer admitir que fossem sócias, apesar das evidências documentais a respeito. À época, uma funcionária do site, Cíntia Yamamoto, disse ao jornal que a Decidir.com dedicava-se a orientar o comércio sobre a inadimplência de pessoas físicas e jurídicas, nos moldes da Serasa, empresa criada por bancos em 1968. Uma “falha”no sistema teria deixado os dados abertos ao público. Para acessá-los, bastava digitar o nome completo dos correntistas.
A informação dada por Yamamoto não era, porém, verdadeira. O site da Decidir.com, da forma como foi criado em Miami, tinha o seguinte aviso para potenciais clientes interessados em participar de negócios no Brasil: “encontre em nossa base de licitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado”. Era, por assim dizer, um balcão facilitador montado nos Estados Unidos que tinha como sócias a filha do então ministro da Saúde, titular de uma pasta recheada de pesadas licitações, e a irmã de um banqueiro que havia participado ativamente das privatizações do governo FHC.
A ação do Decidir.com é crime de quebra de sigilo fiscal. O uso do CCF do Banco Central é disciplinado pela Resolução 1.682 do Conselho Monetário Nacional, de 31 de janeiro de 1990, que proíbe divulgação de dados a terceiros. A divulgação das informações também é caracterizada como quebra de sigilo bancário pela Lei n˚ 4.595, de 1964. O Banco Central deveria ter instaurado um processo administrativo para averiguar os termos do convênio feito entre a Decidir.com e o Banco do Brasil, pois a empresa não era uma entidade de defesa do crédito, mas de promoção de concorrência. As duas também deveriam ter sido alvo de uma investigação da polícia federal, mas nada disso ocorreu. O ministro da Justiça de então era José Gregori, atual tesoureiro da campanha de Serra.
A inércia do Ministério da Justiça, no caso, pode ser explicada pelas circunstâncias políticas do período. A Polícia Federal era comandada por um tucano de carteirinha, o delgado Agílio Monteiro Filho, que chegou a se candidatar, sem sucesso, à Câmara dos Deputados em 2002, pelo PSDB. A vida de Serra e de outros integrantes do partido, entre os quais o presidente Fernando Henrique, estava razoavelmente bagunçada por conta de outra investigação, relativa ao caso do chamado Dossiê Cayman, uma papelada falsa, forjada por uma quadrilha de brasileiros em Miami, que insinuava a existência de uma conta tucana clandestina no Caribe para guardar dinheiro supostamente desviado das privatizações. Portanto, uma nova investigação a envolver Serra, ainda mais com a família de Dantas a reboque, seria politicamente um desastre para quem pretendia, no ano seguinte, se candidatar à Presidência. A morte súbita do caso, sem que nenhuma autoridade federal tivesse se animado a investigar a monumental quebra de sigilo bancário não chega a ser, por isso, um mistério insondável.
Além de Temer, apenas outro parlamentar, o ex-deputado bispo Wanderval, que pertencia ao PL de São Paulo, se interessou pelo assunto. Em fevereiro de 2001, ele encaminhou um requerimento de informações ao então ministro da Fazenda, Pedro Malan, no qual solicitava providências a respeito do vazamento de informações bancárias promovido pela Decidir.com. Fora da política desde 2006, o bispo não foi encontrado por CartaCapital para informar se houve resposta. Também procurada, a assessoria do Banco Central não deu qualquer informação oficial sobre as razões de o órgão não ter tomado medidas administrativas e judiciais quando soube da quebra de sigilo bancário.
Fundada em 5 de março de 2000, a Decidir.com foi registrada na Divisão de Corporações do estado da Flórida, com endereço em um prédio comercial da elegante Brickell Avenue, em Miami. Tratava-se da subsidiária americana de uma empresa de mesmo nome criada na Argentina, mas também com filiais no Chile (onde Verônica Serra nasceu, em 1969, quando o pai estava exilado), México, Venezuela e Brasil. A diretoria-executiva registrada em Miami era composta, além de Verônica Serra, por Verônica Dantas, do Oportunity, Brian Kim, do Citibank, e por mais três sócios da Decidir.com da Argentina, Guy Nevo, Esteban Nofal e Esteban Brenman. À época, o Citi era o grande fiador dos negócios de Dantas mundo afora. Segundo informação das autoridades dos Estados Unidos, a empresa fechou dois anos depois, em 5 de março de 2002. Manteve-se apenas em Buenos Aires, mas com um novo slogan: “com os nossos serviços você poderá concretizar negócios seguros, evitando riscos desnecessários”.
Quando se associou a Verônica D. Na Decidir.com, em 2000, Verônica S. era diretora para a América Latina da companhia de investimentos International Real Returns (IRR), de Nova York, que administrava uma carteira de negócios de 660 bilhões de dólares. Advogada formada pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Harvard, nos EUA, Verônica S. Também se tornou conselheira de uma série de companhias dedicadas ao comércio digital na América Latina, entre elas a Patagon.com, Chinook.com, TokenZone.com, Gemelo.com, Edgix, BB2W, Latinarte.com, Movilogic e Endeavor Brasil. Entre 1997 e 1998, havia sido vice-presidente da Leucadia National Corporation, uma companhia de investimentos de 3 bilhões de dólares especializada nos mercados da América Latina, Ásia e Europa. Também foi funcionária do Goldman Sachs, em Nova York.
Verônica S. ainda era sócia do pai na ACP – Análise da Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda, fundada em 1993. A empresa funcionava em um escritório no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, cujo proprietário era o cunhado do candidato tucano, Gregório Marin Preciado, ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), nomeado quando Serra era secretário de Planejamento do governo de São Paulo, em 1993. Preciado obteve uma redução de dívida no Banco do Brasil de 448 milhões de reais para irrisórios 4,1 milhões de reais no governo FHC, quando Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-arrecadador de campanha de Serra, era diretor da área internacional do BB e articulava as privatizações.
Por coincidência, as relações de Verônica S. com a Decidir.com e a ACP fazem parte do livro Os Porões da Privataria, a ser lançado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. Em 2011.
De acordo com o texto de Ribeiro Jr., a Decidir.com foi basicamente financiada, no Brasil, pelo Banco Opportunity com um capital de 5 milhões de dólares. Em seguida, transferiu-se, com o nome de Decidir International Limited, para o escritório do Ctco Building, em Road Town, Ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas, famoso paraíso fiscal no Caribe. De lá, afirma o jornalista, a Decidir.com internalizou 10 milhões de reais em ações da empresa no Brasil, que funcionava no escritório da própria Verônica S. A essas empresas deslocadas para vários lugares, mas sempre com o mesmo nome, o repórter apelida, no livro, de “empresas-camaleão”.
Oficialmente, Verônica S. e Verônica D. abandonaram a Decidir.com em março de 2001 por conta do chamado “estouro da bolha” da internet – iniciado um ano antes, em 2000, quando elas se associaram em Miami. A saída de ambas da sociedade coincide, porém, com a operação abafa que se seguiu à notícia sobre a quebra de sigilo bancário dos brasileiros pela companhia. Em julho de 2008, logo depois da Operação Satiagraha, a filha de Serra chegou a divulgar uma nota oficial para tentar descolar o seu nome da irmã de Dantas. “Não conheço Verônica Dantas, nem pessoalmente, nem de vista, nem por telefone, nem por e-mail”, anunciou.
Segundo ela, a irmã do banqueiro nunca participou de nenhuma reunião de conselho da Decidir.com. Os encontros mensais ocorriam, em geral, em Buenos Aires. Verônica Serra garantiu que a xará foi apenas “indicada”pelo Consórcio Citibank Venture Capital (CVC)/Opportunity como representante no conselho de administração da empresa fundada em Miami. Ela também negou ter sido sócia da Decidir.com, mas apenas “representante”da IRR na empresa. Mas os documentos oficiais a desmentem.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O “Plano Cohen”, a “Carta Brandi” e o dossiê do Serra. A perna da mentira ficou mais curta




Receita Federal afirma que Verônica Serra autorizou abertura de seu sigilo fiscal.



* Por Rogério Mattos Costa

A Receita Federal afirmou ontem ter um documento, uma procuração da filha de Serra, com assinatura reconhecida em Cartório, autorizando a abertura de seu sigilo fiscal em 2008. Mas a FOLHA, transformada em panfleto de campanha tucana, não disse nada sobre isso em sua matéria apócrifa de hoje, que não vem assinada por nenhum jornalista. Algo que foi noticiado ontem até pelo próprio ESTADÃO no corpo de matéria publicada hoje. É claro que, na manchete do combalido jornal dos Mesquita aparece apenas a denuncia de que “O sigilo da filha de Serra foi violado”, sem esclarecer que existiu o pedido da própria contribuinte, o que aparecerá apenas para os leitores que acessarem o corpo da matéria. O Estadão faz uso de uma velha técnica de desinformação, retirada do manual do jornalismo de esgoto, que diz “Se for impossível mentir, omita a verdade na manchete e mostre-a só no corpo da matéria. O efeito é quase o mesmo, pois grande parte do público, apesar de só ler a manchete, sai contando por você a mentira que você queria contar”. Basta comparar a matéria da FOLHA aqui que coloca a filha de Serra e o próprio candidato como “vítimas”, com a matéria do ESTADAO, aqui para ver a má-fé de ambos, mas em especial, da FOLHA.Segundo a Receita, a abertura foi feita a pedido de um homem, portando a autorização assinada, com firma reconhecida.Falsificação: velha prática da direita e da sua imprensa.Muito antes de Getúlio Vargas, os partidos de direita e famílias como os Marinho, os Frias, os Mesquita e outros donos dos maiores meios de comunicação, acostumaram-se a fabricar “cartas” e “dôssies” para justificar golpes militares e enganar a população. Especialmente, nas vésperas das eleições.A novidade é apenas o tempo que leva para a mentira ser descoberta.Foi assim com a célebre “Carta Brandi”, uma montagem de Carlos Lacerda, um jornalista que iniciou a carreira cobrindo crimes sanguinolentos e que no dia das eleições de 3 de outubro de 1955,que elegeram o presidente Juscelino, leu pela televisão uma carta de um deputado provincial argentino que dava detalhes de uma pretensa revolta para implantar a “república sindicalista do Brasil”.Segundo Lacerda, que mais tarde virou governador da Guanabara, a carta havia sido escrita por um deputado argentino aos seus comparsas no Brasil e provava que a “sangrenta revolução”seria executada através de um levante de operários, realizado com armas contrabandeadas do país vizinho. Mas tudo fora uma armação da UDN ( como se chamava o DEM naquela época) e do Carlos Lacerda, A tal Carta do deputado peronista Antonio Brandi era falsa, como ficou comprovado em um Inquérito Policial Militar realizado pelo Ministério do Exército, presidido pelo General Emilio Maurell Filho, como descreve Edmar Morel em“Confissões de Um Repórter”.Um depoimento do próprio deputado Antonio Brandi, um picareta que confessou ter ganho dois mil pesos para escrever a tal carta, mostrou que foi o próprio Lacerda que foi lá no interior da Argentina, numa cidadezinha chamada Goya, na fronteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai, produzir a tal carta com fotos e tudo. Já na época, os golpistas e o “experto” Lacerda foram traídos por um pequeno detalhe: a máquina de escrever em que havia sido batida a tal “carta” tinha o “til” em separado, para usar sobre o “a” e sobre o “o”, como ocorre no português e no Brasil.Ora, na Argentina e nos países de fala castelhana, só existe o “til” sobre o “n”, que é o “ñ” ( “enhe”)… Lacerda havia levado uma máquina daqui do Brasil para escrever a carta na Argentina…e se deu mal nessa. O golpe não colou e JK foi eleito. Os golpistas haviam superestimado o alcance da TV naquele tempo e deixado para “divulgar o plano dos sindicalistas” no dia das eleições. E afinal, nem todo mundo é bobo, como a direita sempre pensa. Além do mais, essa não havia sido a única vez que golpistas tinham recorrido a “cartas secretas” e “dossiês” falsificados. O povo estava acostumado, como agora, com essas maluquices e pirotecnias da direita e seus jornais.Já em 1921, duas cartas falsificadas, que teriam sido manuscritas, haviam sido publicada poucos dias antes das eleições pelo jornal “Correio da Manhã”, com grande destaque.Elas continham pretensos insultos de Arthur Bernardes, então candidato, ao ex-presidente Marechal Hermes da Fonseca, presidente e aos militares, e ao candidato do governo, Nilo Peçanha, para prejudicar seu partido e indispô-lo com o Exército. Mas Bernardes contratou peritos e provou na Justiça, que as cartas haviam sido falsificadas. Outra vez um detalhe derrubou a tese do jornal e dos golpistas: os peritos mostraram que elas haviam sido escritas não por um, mas por dois falsários, chamados Jacinto Guimarães e Oldemar Lacerda e Bernardes era só um…Em 1937, em outra empulhação, o “Plano Cohen”, um pretenso plano criminoso para os comunistas tomarem o poder, escrito na verdade pelo general Olímpio Mourão Filho, do serviço secreto do Exército, havia sido usada para justificar o golpe que criou a ditadura do Estado Novo. No dia 30 de setembro, o general Goes Monteiro, chefe do estado maior, leu, na Voz do Brasil, no dia 30 de setembro de 1937, a denuncia sobre o “plano tenebroso” em que estudantes, operários e presos políticos libertados iriam seqüestrar e fuzilar imediatamente os ministros militares e civis, os presidentes da câmara e do senado, para implantar a “republica comunista” no Brasil, justificando uma ;época de repressão, censura, torturas e morte de opositores. A fraude só foi descoberta oito anos mais tarde, em 1945, o próprio Goes Monteiro, reconheceu a fraude e pôs a culpa em Mourão Filho, que confessou ter escrito o documento a pedido do líder nazista brasileiro Plínio Salgado, apenas como uma simulação de como poderia ser um golpe comunista e ficou tudo por isso mesmo, nada tendo sofrido os falsários e impostores que tanto mal causaram ao Brasil. O pior é que em 1964, o tal Mourão Filho foi um dos articuladores e executores do golpe militar de abril, que nos levou a 21 anos de ditadura, não só com censura, prisões, torturas e mortes, mas à dependência extrema, para tudo, do governo dos Estados Unidos da América. , Afinal, o golpista e falsário, em vez de ser punido e expulso das forças armadas como manda o regulamento, havia sido promovido a general e nomeado pelo próprio Jango comandante do IV Exército em Minas Gerais…O fabricante de histórias Frias, José Serra, derrotado pela internet e por você.Serra é um impostor, a começar pelo próprio diploma de economista, que ele nunca apresentou ao público, mas ostenta em seu currículo no TRE.Tal como Lacerda e os demais golpistas, Serra acredita firmemente que o povo é burro.Foi assim também com o “Diploma que Serra recebeu na sede da ONU” de“melhor ministro da saúde do mundo”, concedido por uma ONG corrupta sediada a poucos passos da sede do DEM em Curitiba. Foi assim com o caso da Lunus, contra Roseana Sarney quando ela queria ser a anti-Lula em 2002, no lugar de Serra. Foi assim com “o dossiê contra os gastos do cartão de FHC e da Dona Ruth”, vazado por um funcionário do gabinete do ex-governador tucano Álvaro Dias. Foi assim no “dossiê dos aloprados”. A especialidade de Serra agora é a de fabricar dossiês contra ele mesmo, para, com sua divulgação, fazer-se de vítima, como no caso do dossiê do sigilo. Mas as coisas estão mudando, graças à internet e aos blogs, uma ferramenta ágil e acessível, que acabou com o monopólio dos jornalões.Se você não sabia nada sobre o Plano Cohen, a Carta Brandi e as Cartas Falsas de Arthur Bernardes, agradeça às famílias Frias, Marinho, Mesquita e Civita, pois “eles” nunca falam nada sobre seus próprios crimes…Se você gostou desse artigo, se achou que ele trouxe mais informação, espalhe-o na rede.Faça sua parte na divulgação da História do Brasil que os donos da grande mídia comercial, o falso economista Serra e o PSDB não querem que o nosso povo conheça. "

Limite da Propriedade da Terra

Dez respostas para uma pergunta: Por que as propriedades rurais de terra no Brasil precisam ter um limite máximo de tamanho?
Diga sim! Coloque limites em quem não tem!

Sociedade brasileira tem a chance de acabar com o latifúndio no Brasil durante o Plebiscito Popular pelo Limite da Terra, que ocorre em todo Brasil de 1 a 7 de setembro.
1- Porque a concentração de terra é a grande responsável pela miséria e fome em nosso país.
2 - Porque no Brasil se uma pessoa quiser comprar todas as terras privadas de Norte a Sul, de Leste ao Oeste, pode! Pois não existe uma lei que limite o tamanho da propriedade de terra no nosso país.
3 - Porque o latifúndio e o agronegócio, no ultimo século, expulsaram mais de 50 milhões de pessoas do campo, provocando o surgimento de milhares de favelas em todo o País, onde vivem mais de 80 milhões de brasileiros e brasileiras em condições desumanas. Se não houver uma Reforma Agrária decente este número vai aumentar ainda mais.
4 - Porque muitas famílias sem terra poderiam ter acesso à terra e com isso aumentaria a produção de alimentos, pois a agricultura familiar e camponesa é a responsável pela produção dos alimentos da mesa dos brasileiros.
5 - Porque são as pequenas propriedades que produzem alimentos orgânicos, livre dos agrotóxicos e é um direito das populações do campo e da cidade ter uma alimentação saudável
6 - Porque a agricultura familiar e camponesa cria muito mais empregos. Emprega 15 pessoas a cada 100 hectares, enquanto que o agronegócio emprega apenas duas.
7 - Porque o latifúndio e o agronegócio são os grandes responsáveis pela violência no campo e pela exploração do trabalho escravo.
8 - Porque banqueiros, grandes empresários e corporações internacionais são donos de grande parte dos latifúndios. Muitos nunca plantaram um pé de cebola.
9 - Porque 1% dos estabelecimentos rurais, com área de mais 1 mil hectares e ocupa 44% de todas as terras, enquanto praticamente 50% dos estabelecimentos com menos de 10 hectares, ocupam somente, 2,36% da área.
10 - Porque no século passado pelo menos 20 países estabeleceram um limite para propriedade rural, entre eles países desenvolvidos como Itália, Japão, Coréia do Sul. Agora é a nossa vez!
Se você concorda que é preciso acabar com a concentração de terras e riqueza em nosso país. Se você está cansado de tanta desigualdade e acredita que com uma Reforma Agrária justa podemos desenvolver o Brasil não só economicamente, mas também no âmbito social, gerando renda, empregos e distribuição de renda, você pode ajudar a mudar o Brasil!

PESQUISA MAPA NÃO PUBLICADA MOSTRA IDELI EM SEGUNDO

Uma pesquisa do Instituto Mapa deveria ter sido publicada no dia 7 de setembro.
Mas sua divulgação foi suspensa sem a devida explicação de quem a contratou,
o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscom), até o momento, maior apoiador de Angela!
Os números seriam divulgados pela RBS. Mas não foram. Por que? A explicação pode estar nos números,
que ainda ontem circularam extraoficialmente na internet, principalmente no twiter do candidato do Demo, Colombo.
E por nesses novos dados, Ideli já assume o segundo lugar! Veja:

Raimundo Colombo: 33%
Ideli Salvatti: 23%
Angela Amin: 22%